Por isso, como desenvolver de forma ecológica, científica sem contrariar, a própria natureza predatória e violenta da sociedade na exploração dos recursos naturais? Não há mesa redonda e nem mesa quadrada ou conferencia que mude a realidade ambiental humana
A poderosa UNESCO realizou (abril 2007) um congresso de economistas de vários países da Europa e o tema foi: "Linha do Horizonte: desfazer o desenvolvimento e refazer o mundo".
Como será possível avançar idéias, projetos, experiências, estudos, observações, sem um maior diálogo entre sociedade civil e Estado? Como aceitar a idéia de que decidam por nós? Vamos substituir a idéia de blocos comerciais de países por uma aliança mundial de nações? Como fundamentar e regulamentar acerca da riqueza da diversidade das culturas e de cada país, a respeito à vida? Ou pior: como considerar normal que no futebol da Espanha, há três (3) jogadores, astros de futebol, (dentre os quais um brasileiro) onde o somatório de suas "declarações de renda" anual correspondente ao "PIB" de 46 países da África?
Em suma: como cientistas ambientais sobreviverão sem o justo pagamento de seus projetos de interesse a sociedade, sem verbas, nem incentivos ou mesmo sem "science parks"? E se todos os inventos, patentes, processos são lucrativos mecanismos de impostos e taxas para as cidades, Estados e País?
A hipocrisia da sociedade internacional é grande! Noticias na mídia afirmam que, para garantir um preço mais elevado para seus produtos, empresários dos EUA pagam a fazendeiros africanos para queimarem todo o seu estoque de cereais. Assim, a economia fala mais alto do que a ecologia na sobrevivência do próprio país. A filosofia de pátria eu alugo e governante eu compro, ainda é resquício do colonialismo mental-espiritual que há no planeta.
A vida na Terra e a paz da sociedade humana dependem de que a economia não seja mais desvinculada da ecologia, da ciência e da Ética religiosa necessárias na vida, para preservação da "natureza das leis" e "leis da natureza" no interesse de todos os povos e dos seres vivos.
Nossos projetos se apóiam na Educação Ambiental gerando consciência ecológica. A estrutura das escolas baseada no sistema de competição de notas, valores, concursos e vestibulares e não premia o "conhecimento". E há um "marketing" da cultura consumista tão responsável pelo desequilíbrio ecológico, como por lixos, resíduos, venenos, guerras que a sociedade produz.
É preciso descolonizar a mente, dependente da propaganda e libertar o imaginário das prisões do consumismo para se reinventar formas de vida alternativas sadias. Buscar o sustentável e o sadio. Por isso, o reencontro com as raízes culturais com nossos antepassados é um bom caminho para esse processo. Algumas comunidades começam a reaproveitar quase tudo o que é jogado fora. As cascas das frutas são transformadas
Reciclar é preciso. Reeducar para as inter-relações homem-natureza e as novas gerações entender o uso da energia e da natureza. Reciclar mentes e desarmar espíritos é imperioso caminho ambiental para Paz. Todos os cuidados ecológicos têm uma essência: a relação ética de amor e de comunhão com a natureza. Essa é missão de todos nós.
Aos buscadores, missionários, padres, condutores, pastores, rabinos, mestres, etc., políticos, cientistas e ecologistas entendam a frase de Madame Blavastky : "Não há religião superior à Verdade."
A realidade e relação se inscrevem no próprio âmbito de uma espiritualidade ecológica e ecumênica que, hoje atualizamos, na citação de um cristão do século II: "Contempla uma árvore e estarás vendo minha presença. Sente o roçar do vento em teu corpo, é meu carinho para contigo. Em cada poeira da estrada e nas flores do caminho, tu podes me encontrar. Basta levantares uma pedra e ali encontras o teu Deus". Quando deixaremos de teorias e passaremos à prática da ecologia científica e ecumênica para salvação de nosso lugar e do planeta? Acredito que Ecologia, Religião e Ciência só valem à pena se ajudar a humanidade a viver e conviver num processo paz. Por isso, persistimos em nossa luta!
Dr. Gilnei Fróes – Gestor Ambiental, Medico Veterinário, autor de "Dossiê da Amazônia"
Presidente do Instituto Bering Fróes Eco Global - www.ibfecoglobal.org
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Cascavel | São Cristóvão
gilnei@ibfecoglobal.org