Como diz o gaucho, "ala pucha tchê!" Qualquer idéia - de idealista - é um misto de teimosia com burrice! Pô! Passar 365 dias pensando um planeta mais verde ? com projetos, idéias, discursos, artigos, entrevistas, reuniões na cabeça ? é um desgaste de energia, igual ou pior do que psicografar um livro de um espírito evoluído.
Ouvir besteiras nos jornais televisivos chega até ser divertido, - e temeroso - pois um Festival de Besteiras que assola a humanidade invade nossas casas, gerando tantas desilusões que são repartidas com amigos na web. Um palpite errado na mídia vale por mil teses científicas!
Ora, se o Dia da Terra é para sensibilizar a sociedade sobre todas as problemáticas ambientais, e se ter iniciativas técnico-científicas, onde prevalece o conhecimento?
Porque as decisões são tomadas por analfabetos em ciências? Como se poderá falar em desenvolvimento sustentável, para o próprio político que permite a devastação das florestas e a contaminação dos rios e oceanos? Mas em que raio de país vivemos que não se respeita as leis, a constituição, os decretos ambientais? Que iniciativa será capaz de impedir ou inibir a degradação de nosso espaço existencial planetário? Fumaça e poeiras no ar; coliformes fecais e resíduos em rios e mar.
Pelo que eu sei no Dia da Terra, - dia 22 de abril ? nenhuma manifestação concreta ? seja social, cultural, cientifica ou política ? demonstrará bom senso para perfeita sustentabilidade da vida dos terráqueos e toda biodiversidade ameaçada que permeia o meio ambiente.
A verdade é que no Dia da Terra, poderá se falar mais, ler mais, escutar mais ou mesmo ver mais noticia de intenções ? sejam práticas legais ? de defesa melhoramento e preservação ambiental.
Porém, no dia seguinte, ficaremos 365 dias lutando, escrevendo, argumentando para que ? infelizmente ? todas as questões ambientais globais prisioneiras da burocracia política... saiam das gavetas e, - eco tecnologicamente aconteçam ? contra este estado de latência (...e cronicamente insolúveis!) que prosseguem consentindo com a morte do Planeta Terra.
Já que a sociedade não consegue se motivar e mobilizar durante o dia de aniversário do planeta, acreditaremos que se possa mudar alguma coisa - durante outros 364 dias.
Quantas ações, orações, reflexões, projetos, planejamento eco eficientes que objetivem economizar água, energia, reciclar resíduos, evitar poluição da biosfera e mananciais, serão oportunizados (aos cientistas, OSCIPs, Fundações, ONGs ambientais) por nossos governos? A sociedade permanecerá alheia, sem escolhas, nem visão tecnológica da própria salvação planetária?
Extra-oficialmente - cá entre nós - no dia 22 de abril, prometo que não vou fazer nada! Creio que mereça!
Quero me desligar, meditar, descansar e reunir energias para viver outro ano de persistência... ou insistência nas trincheiras de argumentos ambientais (repensando a paz! Energia nuclear & bombas! Terremotos e Tsunamis!) se realmente estamos num ano bissexto.
Dr. Gilnei Fróes - (Escritor técnico-científico, Ecólogo, Médico-veterinário, Gestor Ambiental) Em 1990 ? Prêmio de Jornalismo da Brigada Militar do Estado do RGS (com artigo: "TAIM: paralelo 33° ...ameaçado" (Diário da Manhã ? Pelotas / RS);
Indicação
ao "The Rolex Awards 1990 (Genebra); e ao "The Global 500 Awards" (ONU /
Kenya) Autor de livros: como "Dossiê da Amazônia". 1° Premio do "I Latino Ambiental Awards". Presidente do "Instituto Bering Fróes Eco Global" . Autor de projetos ambientais internacionais.